Aeroporto do Porto: o novo hotel da portuguesa Stay vive entre a simplicidade e a economia
Stay Hotels investiu 428 mil euros numa construção de raiz. No Stay Hotel Porto Aeroporto aposta-se nas estadias de curta duração nas vertentes lazer e corporate com preços a partir dos 39 euros o quarto duplo.
O Stay Hotel Porto Aeroporto é o terceiro da cadeia portuguesa na cidade e junta-se assim à dúzia que a chancela tem no país. Com 102 quartos distribuídos pelas tipologias individual, duplo e casal, o espaço quer atrair, essencialmente, pela localização, preços e boas condições de alojamento.
O parque de estacionamento tem 63 lugares disponíveis, uma boa notícia para quem chega de carro. O metro também é uma alternativa a ter em conta: a estação de Botica – a uma paragem apenas do aeroporto – está situada a dois minutos a pé do hotel. Visto de fora, o edifício, uma obra orçada em 428 mil euros, destaca-se pela construção robusta e detalhes coloridos. O interior apresenta linhas modernas e luz natural q.b.
A proximidade com o Porto (13 km de carro; 25 minutos de metro) é um dos pontos fortes do alojamento: “Esperamos, na sua maioria, por estadias de lazer de curta duração”, explica Jorge Bastos, um dos administradores da Stay Hotels, acrescentando ainda que “o segmento corporate também será uma das preocupações nesta nova localização”. Tendo em vista esse público específico, a infra-estrutura possui salas de trabalho “para apresentações ou aluguer de longa duração, com áreas que variam entre os 39 e os 242m²”. Outro objectivo da marca é atrair visitantes que prefiram ficar fora da cidade para se deslocar mais facilmente a outras paragens, como o Douro Vinhateiro ou o Alto Minho.
Promete-se uma oferta de “value for money”, "aquilo que os clientes realmente precisam”. Simplicidade e minimalismo são, pois, as palavras de ordem e o alojamento assegura o prometido. No entanto, o esforço de reduzir o produto ao essencial transforma a estadia em algo previsível, com pouca margem para surpreender o cliente, o que, não representando um obstáculo para uma dormida de recurso, pode ser uma desvantagem em permanências mais prolongadas, quando comparado com o que a concorrência existente no centro do Porto tem para oferecer.
Os quartos, por exemplo, são amplos e bem organizados. A cama é também espaçosa e confortável. No entanto, por todo o lado pareciam ainda existir demasiadas superfícies vazias, alguma falta de elementos que ajudem o cliente a conectar-se com o ambiente e a sentir-se – na medida do possível – em casa.
O pequeno-almoço é serviço em caixa individual devido às restrições sanitárias, no snack-bar – junto ao átrio – ou em sistema room service. É constituído por um sumo de pacote, um iogurte simples, leite, café, croissant, pão, manteiga, triângulo de queijo, compota e cacau em pó. Há também uma nata muito saborosa, que dá um toque português à primeira refeição do dia, mas a ausência de canela e açúcar em pó pode ser uma falha imperdoável para palatos mais ortodoxos.
Os horários alargados são uma mais-valia: o pequeno-almoço é servido das 4h às 12h e uma ementa variada de snacks “que inclui sopas, saladas, petiscos e pratos quentes”, garante a cadeia hoteleira, está disponível 24h por dia.