Não gosto nada de dizer “adeus”, por isso é um “até já, Alentejo!”. Estamos a sair, mas já com vontade de voltar. Seja lá de que meio de transporte for. As pessoas fizeram-nos pensar que o tempo tem outro vagar por estas bandas. Que o ocre e o branco combinam na perfeição com o azul do céu. Em bicicleta, percorremos 538 quilómetros e, o que mais guardo, é o cheiro das ruas perfumadas a flores. Os vales de ondas douradas onde nascem sobreiros que nem cogumelos. Foram 21 dias a saltitar entre vilas e cidades, a comer migas, porco preto e tantos outros petiscos. Doces tradicionais preparados por quem sabe. Recebemos tanto e tentámos deixar um pouco de nós. Partilhámos a viagem com quem se meteu connosco. Havia sempre um braço levantado a acenar um “bom dia” que nos alimentava a alma. Obrigado, Alentejo!
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