Em Amesterdão há uma ponte pedonal impressa em 3D
Foi inaugurada a primeira ponte pedonal impressa em 3D. Fica no canal de Oudezijds Achterbirgawal, em Amesterdão, e é conhecida como a Ponte MX3D.
Em Amesterdão, locais e turistas já atravessam a nova ponte do canal de Oudezijds Achterburgwal. Esta estrutura de 12 metros de comprimento e constituída por 4500 quilos de aço inoxidável é um projecto de Joris Laarman, em colaboração com as empresas MX3D e Arup. É a primeira ponte pedonal impressa em 3D e esteve seis meses a ser impressa.
Em forma de S e guarnecida por balaústres com várias perfurações projectadas através da utilização de um software de modelagem paramétrica, a estrutura futurista e multipremiada, baptizada como Ponte MX3D, foi criada por braços robóticos industriais.
Laarman ambicionava produzir uma máquina capaz de imprimir móveis. Em primeiro lugar surgiram os braços robóticos e, de seguida, a combinação das máquinas de soldadura. Esta tecnologia, segundo o co-fundador da MX3D, Gijs Van Der Velden, possibilita a impressão em 3D de estruturas e projectos maiores, causando “uma redução significativa do peso e do impacto para peças fabricadas nas indústrias de ferramentas, petróleo, gás e construção”, explicou, em entrevista, à plataforma Dezeen.
“A indústria está a enfrentar um enorme desafio: o de se tornar neutra em carbono, até 2050”, sublinhou Stijn Joosten, engenheiro da empresa Arup. Em resumo, a técnica de impressão conduz a estruturas mais sustentáveis, eficientes e com menos materiais. Embora, exista o objectivo e compromisso de reduzir os níveis de carbono, Philip Oldfield, arquitecto e director da Escola de Arte, Design e Arquitectura da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, calculou a presença de 27,7 toneladas de carbono incorporado na estrutura de aço inoxidável.
Lançado em 2015, o projecto da Ponte MX3D previa a sua inauguração em 2017. O plano original consistia em imprimir a estrutura no próprio canal de Oudezijds Achterburgwal, mas acabou por ser construída em instalações externas e, mais tarde, transportada para o centro de Amesterdão, nos Países Baixos.
Texto editado por Ana Maria Henriques