Suíça quer fazer história frente aos campeões do mundo

Há várias ausências entre os franceses e Didier Deschamps testou nos últimos dias uma defesa de apenas três jogadores. Suíça mostra-se ambiciosa.

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Treino da selecção francesa Bernadett Szabo/Reuters
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Seleccionador suíço dá instrucções aos seus jogadores ROBERT GHEMENT/EPA

Favorita frente à Suíça, com quem discute esta segunda-feira a presença nos quartos-de-final do Europeu 2020, em jogo que se disputa em Bucareste, a França tem nas lesões que surgiram nos últimos dias o seu maior problema. Lucas Digne, Marcus Thuram e Jules Koundé são baixas confirmadas frente à equipa suíça. Em contrapartida, o seleccionador Didier Deschamps pode contar com Lucas Hernandez, que recuperou da lesão num joelho que o obrigou a ser substituído frente a Portugal.

Aliás, o cenário que se desenhava de falta de opções para o lado esquerdo da defesa - além de Hernandez, o seu substituto Lucas Digne no jogo (e que também acabaria por ter de sair) está com problemas numa coxa - terão sido a explicação para o trabalho, nos últimos treinos, com uma defesa de apenas três elementos, um meio-campo reforçado (cinco jogadores) e dois homens no ataque, como revelou o diário desportivo L'Équipe.

Os problemas não se ficam por aqui: Rabiot, que rendeu Digne ainda durante o jogo com Portugal, está a recuperar de uma lesão num joelho desde o final da época e não está ainda a 100%; e Ousmana Dembele lesionou-se frente à Hungria e já não entra nas contas de Deschamps para este Europeu. Tem mesmo de ser operado a um joelho.

Apesar destas condicionantes, a selecção campeã do mundo é favorita frente a uma Suíça que se mantém em prova após ter sido um dos melhores terceiros classificados na fase de grupos do torneio.

Os confrontos entre as duas equipas também jogam a favor dos franceses, que nunca perderam com os suíços em jogos oficiais. O peso da experiência também está desequilibrado na balança: desde o Mundial de 1954, o primeiro disputado em solo europeu após a II Guerra Mundial, a Suíça, então anfitriã, nunca chegou aos quartos-de-final de uma grande competição. Já lá vão 67 anos.

Embora os números joguem a favor da França, a Suíça está disposta a jogar pela sua oportunidade. “Tudo pode acontecer numa competição como esta. Estamos preparados e prontos. Temos de ser compactos na defesa e aproveitar as poucas oportunidades que tivermos. Vamos dar tudo o que temos. Já treinámos os penáltis e quase todos marcaram”, ironizou o defesa Ricardo Rodriguez, citado pela Reuters.

Confiança é também o que se percebe do discurso do capitão Granit Xhaka: “Disse antes do Europeu que esta equipa está preparada para fazer história. Se queremos ganhar esta prova, é preciso vencer a França. É preciso aproveitar os seus pontos fracos e não deixar que imponham os seus pontos fortes.”

Já o seleccionador suíço Vladimir Petkovic desconfia das limitações do adversário. “Deschamps tem muitos bons jogadores por onde escolher. Nós temos de fazer o nosso jogo e cumprir com o que temos planeado”, disse.

“Com todo o respeito pelos nossos adversários, vamos tentar vencer porque nesta fase não podemos ficar para trás. A única hipótese é seguir em frente. É importante manter a atitude certa e acreditar nas nossas forças. Com adversários como a França, se dermos 100% e eles derem 100% isso pode não chegar. Temos de ir além dos nossos limites”, acrescentou Petkovic.

Didier Deschamps elogia a equipa suíça - “é uma equipa bem estruturada, forte no ataque, com Seferovic, Embolo e Shaqiri. Não devemos subestimá-los e é um jogo a eliminar" - e aponta os poucos dias de recuperação desde o último jogo com Portugal como uma adversidade para a França.

O vencedor desta partida, que começa às 20h desta segunda-feira, defrontará nos quartos-de-final o vencedor do confronto entre Espanha e Croácia.

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