As bolsas Paper Wings dão-te asas ao longo de todo o percurso académico

Há quatro bolsas para atribuir e os seleccionados terão todos os custos associados aos estudos pagos, tendo ainda acesso a estágios pagos com mentoria garantida em start-ups e empresas que apoiam o Paper Wings. Candidaturas abertas até 22 de Agosto.

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Israel Andrade/Unsplash

Estas asas de papel apoiarão o voo de quatro estudantes ao longo do seu percurso académico, levando-os também numa viagem pelo mundo do trabalho. As bolsas de estudo Paper Wings poderiam ser resumidas dessa forma, mas há muito mais para dizer sobre os apoios criados por Verónica Orvalho, presidente executiva da Didimo. As oportunidades destinam-se a estudantes do 12.º ano que queiram prosseguir estudos no ensino superior em áreas como a matemática, ciências da computação, física ou qualquer engenharia. Há quatro bolsas para atribuir e os seleccionados serão apoiados “a 100% nos estudos”, para além de terem a oportunidade de fazer estágios pagos em start-ups e empresas ao longo dos anos de formação académica. Bónus: recebe-se ainda um computador portátil. As candidaturas estão abertas até 22 de Agosto.

O objectivo da Paper Wings, conta Verónica ao P3, é “conseguir preencher este vazio entre ensino superior e mercado de trabalho”. E isso não se consegue apenas com a “vertente prática” que várias experiências de trabalho na área de estudo podem conferir ao longo dos anos de curso. “Mais do que isso, é aprender a comunicar, a relacionar-se com equipa e a trabalhar com ela. E desenvolver uma atitude de resolução de problemas, de pensamento crítico”, explica. Na opinião da fundadora da Paper Wings, “há muitos benefícios em ter uma oportunidade de trabalhar” na área “desde o primeiro ano”.

Cada um dos candidatos seleccionados estagiará, ao longo das férias de Verão, na empresa do patrocinador que o apoiar. “As bolsas de estágios começam [com uma remuneração mínima] de 500 euros no primeiro ano, que aumenta conforme os anos vão avançando”; a empresa pode, frisa Verónica, “pagar um valor mais elevado se quiser”. Já o valor da bolsa em si “é variável” e depende do curso. Está tudo assegurado, incluindo mentoria por parte dos presidentes executivos dessas empresas, menos “a parte das deslocações” e da habitação. Já agora, vale esclarecer que as bolsas se destinam apenas a quem quiser prosseguir estudos na área das ciências e tecnologias; isto “porque as empresas que estão a patrociná-las são ligadas” a esses campos do saber.

Para concorrer, primeiro, “há que tirar o medo” de a média não ser suficiente: aqui, não se pede “o currículo académico” (notas e actividades extracurriculares, por exemplo). É preciso, sim, “escrever uma carta ao presidente executivo de uma empresa” com uma “análise crítica, encontrando-se um problema e dizendo-se como o solucionar”. Depois, o candidato terá de escrever a sua biografia “como se estivéssemos no ano de 2035” a dar “uma palestra no South by Southwest ou numa TED Talk”. Por último, é obrigatório apresentar-se uma ideia de base tecnológica “que tem de ter impacto no mundo”. “Aí veremos a determinação do candidato, o sentido de vida, as capacidades de pensamento crítico e curiosidade”, adianta. Tudo isso tem de caber num vídeo de três minutos. A candidatura pode seguir em português, mas Verónica aconselha a fazê-la em inglês. Uma última dica: “Queremos pessoas com pensamento positivo e atitude.”

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