O dia seguinte à morte de Paulo Mendes da Rocha
O arquitecto brasileiro não foi o “último a fechar a porta”, mas aquele que com a sua morte a irá escancarar
Morreu este domingo em São Paulo, vítima de doença oncológica, Paulo Mendes da Rocha. A Folha de São Paulo descreveu-o como “o último gigante da arquitectura brasileira”. No caso de Mendes da Rocha, todavia, sendo um “progressista”, a história joga-se no dia seguinte. A sua arquitectura fazia-se de manifestos que na sua mão geravam “prédios” plástica e tecnicamente irrepreensíveis. Estes princípios persistem como “gigantes” para as novíssimas gerações paulistas. Sobrevivem hoje – na era do presidente Jair Bolsonaro – como uma forma exemplar de “resistência ao desastre”, como Mendes da Rocha descreveu em entrevista ao PÚBLICO, o próprio exercício da profissão de arquitecto, em 2003.
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