Na Polónia, a Igreja uniu-se à política e os católicos afastam-se
Para a mais jovem geração de polacos, a aliança entre o nacionalismo e a piedade - entre o PiS e a Igreja Católica - é nefasta e está a gerar uma sociedade de amarras e proibições. O aborto foi proibido, a comunidade LGBT é perseguida, os padres fazem comícios e há o lastro dos abusos sexuais.
Katarzyna Lipka já não é católica, e diz que é uma afirmação política. Foi na Igreja - um farol de liberdade nos tempos comunistas - que esta mulher de 35 anos assinalou os principais marcos da sua vida, como fizeram a maioria dos polacos. E como muitos, tinha vindo a afastar-se. Em Novembro, depois de os tribunais do país, com a ajuda do lobby dos bispos, decretaram a repressão ao aborto, Lipka decidiu libertar-se.
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