Esta semana, o mundo do futebol voltou a ver um episódio de racismo ao mais alto nível, com uma resposta a rigor. Na sequência de uma alegada atitude racista por parte de um elemento da equipa de arbitragem no jogo entre o PSG e o Istambul Basaksehir, os jogadores de ambas as equipas interromperam o jogo e não voltaram ao relvado, em protesto contra o sucedido. Não foi o primeiro do ano: em Fevereiro, Marega, jogador do Futebol Clube do Porto, foi alvo de insultos racistas em Guimarães, que motivaram condenações por parte do Governo, do Presidente da República e dos clubes rivais.
Agora, uma associação quer estudar o racismo no futebol português. A Associação Plano i, sediada no Porto, lançou o estudo “O Racismo no Futebol em Portugal - Percepções e vivências” e quer facilitar as denúncias de racismo no desporto.
A associação, que trabalha para “dar respostas concretas a um amplo conjunto de questões sociais actuais, nomeadamente a desigualdade, a discriminação, a violência, a exclusão e a pobreza”, também tem outros programas e iniciativas concluídos, que lutam contra o bulluying, a violência no namoro, a discriminação de pessoas LGBTI, etc.
Além do estudo, a Plano i referiu ao P3 que também quer "criar um website com informação fidedigna sobre o racismo no futebol em Portugal, garantindo que são valorizadas as histórias positivas e construtivas de inclusão e não discriminação”.
O estudo está a ser desenvolvido no âmbito do projecto “Black Lives Matter - Matosinhos”, é co-financiado pela Fare Network (do inglês, Football Against Racism Europe), e é apoiado por várias entidades do desporto e fundações de diversos clubes, assim como autarquias do Norte e entidades estatais.
Para responder ao estudo “O Racismo no Futebol em Portugal - Percepções e vivências”, pode clicar aqui. A associação alerta que, para este estudo, o futsal e o futebol de praia (duas modalidades dentro do espectro da Federação Portuguesa de Futebol) estão excluídos.