DGS apela: contactos físicos devem ser limitados às pessoas com quem se vive

Directora-geral da Saúde repete mensagem de Marcelo e do Governo, considerando o convívio físico um risco de contágio.

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Graça Freitas pediu que convívios desnecessários sejam evitados Tiago Petinga/Lusa

A directora-geral da Saúde voltou a apelarn esta segunda-feira a que os portugueses diminuam os contactos físicos ao estritamente necessário. Graça Freitas apelou a que o convívio se faça apenas com familiares ou pessoas que habitem na mesma casa.

“Ao conviver em presença com familiares meus de outros núcleos ou com amigos, aumento a probabilidade de contágio. Vamos fazer escolhas: está nas nossas mãos decidir com quem nos encontramos presencialmente; e nestes encontros, está também nas nossas mãos proteger e protegermo-nos. Há alternativas ao convívio físico”, vincou a directora-geral da Saúde.

Também relembrou a todos os que ficam em casa confinados, ora por estarem infectados ou por terem estado em contacto com alguém que tenha tido resultado positivo no teste à covid-19, para obedecerem às medidas da Direcção-Geral da Saúde sobre a desinfecção de equipamentos e espaços em casa, e não receberem visitas.

Medidas para congresso do PCP sob estudo

O Congresso do Partido Comunista, que se vai realizar entre sexta-feira e domingo em Loures, voltou a reunir atenções durante a conferência de imprensa da Direcção-Geral da Saúde (DGS), e Graça Freitas afirmou que o plano sanitário do PCP para o evento ainda está a ser estudado.

“A DGS teve conhecimento da documentação pedida através da rede das autoridades de saúde, nomeadamente através da autoridade regional de Lisboa e Vale do Tejo, e a proposta está em análise”, disse a directora-geral da Saúde.

Questionada sobre se a Direcção-Geral da Saúde (DGS) já pensou em medidas para enfrentar uma possível propagação do vírus durante o período natalício, Graça Freitas garantiu que as autoridades estão a olhar para possíveis medidas, mas preferem esperar pelo impacto das últimas medidas tomadas.

“De um modo geral, os cidadãos têm contribuído para que a epidemia não seja ainda mais descontrolada, e essa é uma coisa muito positiva na nossa sociedade. A epidemia está a crescer, mas temos de ter em atenção que o nível de crescimento já foi mais acentuado no passado. Acompanhamos as medidas previstas para o Natal e esperamos que seja possível abrandar de alguma forma as medidas que temos agora, sem que abrandamento signifique qualquer tipo de relaxamento”, afirmou a directora-geral da Saúde.

Portugal registou, neste domingo, 4044 novas infecções por SARS-CoV-2 e 74 óbitos, de acordo com o boletim divulgado nesta segunda-feira pela Direcção-Geral da Saúde. Este número representa uma nova diminuição do número de novos casos de covid-19, depois dos 4788 casos detectados no sábado (boletim divulgado no domingo).

Foram dadas como recuperadas 3908 pessoas, num total de 176.827 desde o início da pandemia. Apesar do elevado número de recuperações, há mais 90 pessoas internadas, comparativamente com os dados de sexta-feira, fixando o número de internamentos em 3241. Registou-se ainda uma subida do número de pacientes em unidades de cuidados intensivos: são agora 498, mais sete do que no último dia.

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