Plantação prevista em projecto de requalificação ameaça estrutura da fortaleza de Valença

Opção do atelier Souto de Moura compromete a estrutura e não se coaduna com o conceito da fortaleza, dizem especialistas. Até ao momento, autarquia mantém a plantação, apesar da abertura dos arquitectos para mudar o projecto.

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Nelson Garrido

No início do Verão do ano passado foram plantadas nove pereiras bravas no topo do pano de muralha da Gaviarra, no interior da fortaleza de Valença. A plantação inseriu-se no projecto de requalificação urbana do centro histórico da cidade do Alto Minho, a cargo do atelier de arquitectos Souto de Moura. De acordo com vários especialistas, o desenvolvimento das raízes ameaça de forma grave a estrutura da fortaleza, podendo levar à sua destruição. A criação de uma barreira visual e o desajuste da opção numa estrutura defensiva, sem retirar qualquer vantagem ambiental significativa, são outros dos problemas levantados pela Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC). Apesar dos argumentos apresentados e da abertura dos arquitectos para alterar o projecto, a autarquia até ao momento nada fez, mantendo as nove árvores de grande porte no adarve da Gaviarra.

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