Entre o amor e o ódio
Com a covid-19 perdemos o sincero toque do aperto de mão, a união de afectos. Não é uma mudança qualquer.
Nos dias que se seguiram ao crash de Wall Street em 1929, os jornais sensacionalistas ingleses tinham muitas histórias para contar. Segundo alguns, os especuladores de Nova Iorque atiravam-se das janelas e os peões passavam, tranquilamente, entre os seus corpos. John Kenneth Galbraith escreveu que isso foi um mito. Ninguém se suicidou. Ou poucos foram os que o fizeram. Os suicídios aumentaram sim, e bastante, até 1932, entre os comuns americanos que procuravam sobreviver à Depressão. Aos mais fracos saiu a verdadeira fava do bolo.
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