Cerca sanitária de Ovar foi cumprida sem grande sobressalto
Num mês, respeitou-se a decisão, tendo havido apenas 31 detenções por desobediência, aponta o relatório sobre o Estado de Emergência.
No relatório sobre a aplicação da segunda declaração do estado de emergência, divulgado pelo Ministério da Administração Interna nesta terça-feira, a Estrutura de Monitorização do Estado de Emergência (EMEE) elogia a execução da cerca sanitária de Ovar. A EMEE “regista com apreço o cumprimento generalizado da legislação e das orientações das forças e serviços de segurança por parte da população, registando-se meros casos residuais de detenções por violação da cerca sanitária”.
A articulação entre a GNR e a PSP foi “boa”, bem como a articulação entre o Governo e a Câmara Municipal de Ovar “na tentativa de salvaguardar a saúde da população e minimizar o impacto económico da declaração da situação de calamidade de âmbito municipal”.
Neste segundo estado de emergência, a EMEE continuou a acompanhar a execução da declaração da situação de calamidade no município de Ovar. Desde 17 de Março que a cerca sanitária inviabilizou as entradas e saídas do concelho, estando nas mãos das forças e serviços de segurança a fiscalização da aplicação de todas as medidas. O cordão que durante um mês manteve o município isolado do resto do país começou a ser levantado na madrugada de 28 de Abril.
Ao todo, segundo o Relatório da Operação da GNR com dados relativos ao período de 18 de Março a 17 de Abril, recorreu-se a 3146 efectivos do Comando Territorial de Aveiro, tendo este sido apoiado por diversas forças e meios de outras unidades. Estima-se que a actividade operacional tenha sensibilizado mais de 14.000 pessoas e controlado mais de 6500 viaturas. Para além das 31 detenções por desobediência, foram detidos dois cidadãos por resistência e coação sobre militares da GNR, um por condução sob influência de álcool e um por falta de habilitação legal para conduzir.
Os militares da GNR recorreram a drones 22 vezes para sensibilização e comunicação de alertas e mensagens sonoras à população. Tendo em vista o apoio à população mais idosa, foi implementado o projecto “65 longe mais perto”, que chegou a um total de 1958 idosos. Relativamente à situação epidemiológica dos militares, registaram-se sete infecções e 24 casos suspeitos e colocados em quarentena.
A nível da PSP, todo o efectivo da esquadra integrou a resposta operacional necessária – um total de 58 profissionais - tendo sido reforçado com um Subgrupo do Corpo de Intervenção e com elementos da Divisão Policial de Espinho.
Texto editado por Ana Fernandes