Cães e gatos do Porto já têm casa nova em Campanhã
Depois de uma abertura adiada duas vezes, o novo Centro de Recolha Oficial de Animais, em Campanhã, já está em funcionamento. Fechado ao público, está a funcionar com os serviços mínimos.
No início da semana foi concluído o processo de transferência e ocupação total dos últimos animais no novo Centro de Recolha Oficial de Animais, em Campanhã. Mesmo com a situação actual de estado de emergência, o processo de mudança não foi interrompido já que a nova estrutura assegura “melhores condições de acolhimento e bem-estar dos animais, assim como minimiza o risco de contágio dos colaboradores municipais”, explica a Câmara do Porto em comunicado.
No entanto, como medida de prevenção não está aberto ao público. Os serviços mínimos estão em vigor, o que envolve a alimentação e limpeza permanente de boxes, bem como a resposta a situações de emergência e recolha de animais errantes, feridos ou mortos.
O CROA – Centro de Recolha Oficial de Animais, na Travessa de Águas Férreas de Campanhã, duplicou a capacidade de acolhimento de animais, passando das 94 boxes existentes no canil em S. Dinis para 220. Há uma separação física e funcional entre o serviço de adopção e o serviço de recolha oficial, de forma a permitir “melhorar o serviço prestado e potenciar a adopção responsável dos animais”.
As instalações contam ainda com um bloco cirúrgico para esterilização de cães e gatos, uma sala de enfermagem independente para tratamento e acompanhamento clínico dos animais alojados, zonas de exercício e sociabilização e uma área de tosquia e higienização. Está garantida ainda a disponibilidade para, sempre que necessário, acolher animais de outras espécies.
Este projecto enquadra-se no Plano de controlo e bem-estar das população animais de cães e gatos, lançado em 2015, que pretendia responder não só às obrigações legais, como às recomendações da Ordem dos Médicos Veterinários, Direcção-Geral de Alimentação e Veterinária e Associações Zoófilas.
Recorde-se que a obra foi iniciada em Maio de 2018 e a sua abertura foi adiada duas vezes. Primeiro para Setembro de 2019 e depois para o início de 2020. A Câmara justificou este adiamento, em Setembro, à Lusa, com “situações imprevisíveis que condicionaram o normal andamento dos trabalhos”, como o aparecimento de “uma linha de água (mina) cujo cadastro era desconhecido e que provocou alguns constrangimentos em obra”. As mesmas explicações tinham sido dadas no primeiro adiamento, em Maio de 2019.
Texto editado por Ana Fernandes