“Os grandes problemas de habitação foram resolvidos pelas famílias, não pelo Estado”
Teresa Sá Marques, geógrafa da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, foi a coordenadora científica de um plano que tenta apontar um caminho para a forma como vamos gerir o território nacional até 2030, sabendo que enfrentamos grandes desafios como o declínio demográfico ou as alterações climáticas. A resposta? Apoiar as decisões em conhecimento para evitar os erros do passado, como ter esquecido a ferrovia.
Não há que ter ilusões: não vamos conseguir repovoar o interior, pelo menos não da forma dispersa como existiu no passado, com o país fragmentado em milhares de aldeias. Estas têm tendência a desaparecer e mesmo as excepções confirmam que esse processo já começou há muito. Teresa Sá Marques, que coordenou o Programa Nacional de Políticas de Ordenamento do Território (PNPOT), o documento que é o chapéu dos vários planos em que constam as regras sobre o uso deste pedaço de planeta que ocupamos, não tem dúvidas que a tendência é a de todos se concentrarem nas cidades. Mas para que se contrarie a inclinação para a litoralização, há que promover as cidades médias com políticas a elas adaptadas, porque uma política territorial para todas realidades do país é um equívoco.
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