Allen Halloween: “Tentei servir Deus e a música e não consegui”

Figura tutelar do rap em português, conquistou uma multidão de seguidores sem abandonar a vida de bairro nem a estética marginal. Ao quarto álbum, regressa ao passado para anunciar a despedida. Ao Ípsilon explica a importância que dá à família, a Deus e porque é que não pode continuar a servir dois mestres.

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A entrevista já tinha terminado, num café junto ao metro de Odivelas. Allen ‘Halloween’ Sanhá estava só à espera da sua boleia, quando se pôs a comparar a música comercial a um pai que dá aos filhos tudo o que eles querem: “Uma criança, além de ser mimada e ingrata, é esperta. E passado um tempo vai dizer: ‘Que pai é este que só me dá doces, tem nariz de palhaço e dá cambalhotas?’ Eu vejo a música como os pais conscientes que dão aquilo que acham que devem dar. A criança no início até pode não gostar, mas um dia vai dizer: ‘Foi um grande pai.’ O Zeca Afonso foi exemplo disso.”

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