Diogo Seixas Lopes: Ars longa, vita brevis
A obra completa (com excepção dos livros) de um autor imprescindível para a compreensão da contemporaneidade europeia da arquitectura do início do século XXI é lançada este sábado na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.
Combinámos um encontro a meio caminho, na plataforma da estação de comboios de Aveiro, sentido norte. Ele ia a caminho do Porto e eu estava recluso em Anadia a acabar a redacção da tese de doutoramento. Como numa cena de um filme de César Monteiro, propusemos identificarmo-nos pelas revistas que cada um traria na mão. Eu, a alemã Daidalos, com a qual colaborava na altura, e ele com a sua recém-nascida Prototypo. Estava longe de imaginar que esse fim de tarde no café da estação de comboios, de conversa ágil e fortuita algures na Primavera de 1999, me desse a conhecer uma personagem capaz de marcar o resto da minha vida. Escrevo estas palavras na convicção de que muitos, em Portugal e fora, partilham deste sentimento e terão tido no seu convívio momentos igualmente memoráveis e, hoje, de imensa saudade.
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