Com a entrada da nova estação, chega ao Porto a Festa do Outono de Serralves. Nos dias 28 e 29 de Setembro, são muitas as iniciativas e espectáculos. Artes circenses, dança, teatro, música, leituras encenadas, oficinas de artes e ofícios, percursos temáticos, jogos, workshops e a interacção com animais do parque são algumas das actividades preparadas para estes dois dias, preenchidos também com uma feira de artesanato urbano e produtos naturais.
No ano de celebração dos 30 anos da Fundação de Serralves, a festa, de entrada gratuita e dirigida ao público em geral, “é uma oportunidade de assinalar a chegada de uma nova estação num ambiente diversificado e com um programa dirigido a diferentes públicos, com diferentes interesses, tendo como pano de fundo a preservação do meio ambiente”. Quem o diz é Rui Costa, director de recursos e projectos especiais da fundação, para quem “o reconhecimento de tradições e práticas ancestrais em simbiose com a contemporaneidade sintetizam aquilo que é a Festa do Outono”.
Este ano, com o Treetop Walk, inaugurado recentemente, a festa estende-se também a outros recantos do parque. Assim, o novo passadiço concebido pelo arquitecto Carlos Castanheira em colaboração com Siza Vieira está acessível, de forma gratuita, a todos os que marcarem presença neste evento. Mas a programação em si, – “ecléctica”, como refere Rui Costa – serve também de “mote para relacionar as questões ambientais com as artes”.
A iniciativa arranca às 10h de sábado, no Prado, com cerca de 20 oficinas e actividades para todas as idades, sem necessidade de marcação prévia. Durante a tarde, às 14h45, um dos destaques é o espectáculo musical “Balada das Vinte Meninas Friorentas”, no Celeiro, com interpretação vocal de Margarida Mestre, que declama um poema cantado em “redor do universo das andorinhas e dos seus ovos”, abordando temas como as gerações e as migrações, como se poder ler no comunicado enviado à imprensa. O espectáculo repete-se no domingo, 29 de Setembro, às 11h15 e às 14h30, no mesmo local.
Ainda no sábado, pelas 16h30, no Jardim Maria Nordman, o músico e compositor Jorge Queijo apresenta-se a solo para uma performance musical sobre instrumentos de percussão tradicional do interior de Portugal, como, por exemplo, os pandeiros e adufes, com materiais e objectos retirados da natureza. Também a peça de teatro O Baile das Coisas Importantes, do Teatro do Bolhão, com encenação de Joana Providência e texto de Afonso Cruz, é apresentada no Sábado, na Clareira da Presa, às 12h45 e às 16h30.
Rui Costa, por sua vez, destacou a actuação de Cirque des Routes, que acontece no Prado, no sábado (17h15) e no domingo (15h45). La Folle Allure vem falar-nos de “proezas, de pequenos nadas, de força e de exposição, de dor e de falta de ar, de confiança, do jogo e da evasão, a um ritmo louco”, segundo se lê no comunicado. No campo musical, o organizador lembrou a performance dos Retimbrar (sábado, às 18h). Com um trabalho de exploração de ritmos, canções e instrumentos tradicionais portugueses, o grupo musical portuense exibe um reportório misto de originais e reinterpretações.
A Festa do Outono termina no domingo, às 19h, com o concerto de Gwenifer Raymond, que começou a tocar guitarra aos oito anos depois de ter tido o seu primeiro contacto com o punk e o grunge. A sua apresentação está marcada para as 18h15, no Jardim Maria Norman. Também neste último dia de festa, o responsável fez referência à actuação dos Fogo Fogo, às 17h15, no Prado – grupo que traz o funaná de Cabo Verde à Invicta.