Fotografia
Das mãos do “visionário” Arata Isozaki nasceu o Centro Nacional de Convenções do Qatar
Duas estruturas de aço entrelaçadas em formato de árvore de Sidra — sagrada para a cultura islâmica — a suportarem uma cobertura exterior. É assim que se apresenta o Centro Nacional de Convenções do Qatar de Arata Isozaki, o arquitecto japonês que esta semana recebeu o Prémio Pritzker de 2019, aqui retratado por Nelson Garrido, fotojornalista do PÚBLICO.
Inspirado na “magnífica árvore do deserto do Qatar”, a Sidra, o projecto, inaugurado em Dezembro de 2011, conta com uma sala de conferências de 4000 lugares, um teatro com 2300, três auditórios mais pequenos e cerca de 52 salas para receber eventos. No leque de ofertas encontra-se ainda um hotel com 219 quartos. A par disso, o espaço central do edifício acolhe uma das aranhas Maman, as gigantescas e famosa esculturas criadas por Louise Bourgeois.
Inovador e eficiente, destaca-se por conter 3500 metros quadrados de painéis solares, que fornecem 12,5% da energia do Centro. É, por isso, descrito como o sítio “ideal para receber conferências locais, regionais e internacionais” e quem lá passa “nunca deixa de ficar impressionado com a escala e magnificência do edifício”, dizem no site.
O Centro Nacional de Convenções do Qatar é mais uma criação do "visionário" arquitecto Arata Isozaki, o oitavo arquitecto japonês a receber a mais importante distinção no campo da arquitectura. Dos mais de cem projectos de obra construída, contam-se o Museu de Arte Contemporânea de Los Angeles (1986), o Palácio dos Desportos de Turim (2006) ou o Museu de Arte Moderna de Gunma no Japão (1978). Para Isozaki, o projecto de eleição era o museu Domus. Casa del Hombre, na Corunha (1995).