Na Raia vão traficar-se edições, exposições e música

A Raia está de volta para a sua segunda edição. Com mais de 14 artistas e 50 editores, a feira de edição regressa aos Anjos, em Lisboa, no fim-de-semana de 14 a 15 de Abril. A entrada é gratuita

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Raia - Tráfico de Edições e Afins
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Um evento que reúne “uma feira de edição e arte gráfica, exposições e música”. É assim que Luís Henriques, um dos três organizadores, apresenta a segunda edição da Raia, Tráfico de Edições e Afins. A acontecer no próximo fim-de-semana, a 14 e 15 de Abril, o ponto de encontro é o espaço Anjos 70, em Lisboa. A entrada é gratuita.

“A ideia ", explica Luís, "surgiu de três amigos que queriam retomar o espírito informal do que foi a Feira Laica”. Tal como o evento de edição independente, que se realizou entre 2004 e 2012, a Raia quer "apoiar e dar destaque à pequena edição". Mas não só de livros. Porque aqui vão marcar presença vários artistas que se dedicam à criação e publicação de obras artísticas, fanzines e outras publicações em tiragem limitada ou de edição especial. Tudo sem intermediários, uma vez que o contacto entre o público e os 50 editores e 14 artistas presentes "será directo". Os miúdos também não ficam de fora — há várias oficinas dedicadas aos mais pequenos.

Estão previstos vários lançamentos editoriais. Nas novidades literárias, encontra-se Riccardo Balli, a apresentar Frankenstein, or the 8 Bit Prometheus. Bruno Borges traz Ecrã #2 e O Pneu de Trás Rola para a Frente” E a Chili com Carne convida ainda o autor francês de banda desenhada J. M. Bertoyas. Em termos de editoras, vão ainda marcar presença nomes reconhecidos como a Serrote, 110 Cabeças, Não Edições e muitas outras. Também não vão faltar alfarrabistas e vendedores de discos usados.

Confirmados estão também alguns ateliers e artistas gráficos que utilizam a serigrafia, a gravura, a tipografia ou o stencil como técnica de impressão. Neste âmbito destaca-se nomes como o Clube do Inferno, o Atelier da Gravura, a Guilhotina Atelier de Gravura, entre outros. Já na área das exposições, foram seleccionados alguns posters da Triennale de Mons, na Bélgica, criados por artistas gráficos e estudantes de artes plásticas. O objectivo da Trienal do Cartaz Político é desenvolver este tipo de trabalhos nas cidades.

Por fim, não falta a música. No primeiro dia vão existir dois palcos: um no espaço Anjos 70 e outro na Calçada do Desterro 7. No primeiro palco, às 16h, sobe João Maio Pinto, seguindo-se, às 20h, Filipe Felizardo. Em direcção ao segundo palco vai António Caramelo, que às 23h30 começa a sua actuação. Às 00h15h é a vez de André Trindade. Os concertos encerram à 1h com Vítor Rua, Hernâni Faustino e Arara DJ. No dia seguinte, pelas 16h, actua Favola da Medusa no Anjos 70.

Com a colaboração da Imprensa Canalha, do Homem do Saco, dos Anjos 70 e do Nariz Entupido, a Raia está assim de regresso num fim-de-semana que se antevê de muito tráfico. De edições, exposições e música.

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