Um novo conceito de construção permite aos casais que se divorciam permanecerem na mesma casa, mas a viverem em espaços independentes. O projecto Prenuptial Housing, desenhado pelo estúdio holandês OBA, a partir da ideia de Omar Kbiri — especialista em cultura pop e relações públicas — acredita poder tornar o processo de separação menos doloroso, com uma habitação flexível.
Na verdade, o edifício, ainda em fase de desenvolvimento, consiste numa vivenda versátil formada por "várias unidades que podem ser conectadas e desconectadas sem muito esforço", explica à agência EFE, o arquitecto do OBA, Xander den Dujin. Assim, os recém-separados continuam vizinhos, mas cada um com o seu espaço. Isso porque o interior é planeado não só para atender às preferências dos moradores, como para garantir a sua divisão de forma prática e fácil.
A cozinha e a casa-de-banho, por exemplo, são compartilhadas enquanto a casa não precisa ser dividida. Caso aconteça, a construção que prevê esse tipo de situação, viabiliza sua separação em componentes individuais.
A residência também se adapta a diferentes ambientes. A sua estrutura, em fibra de carbono e madeira semitransparente, resulta numa peça leve que possibilita a instalação na terra ou na água.
O maior desafio, revela den Dujin, tem sido "desenhar uma casa formada de duas unidades autónomas que aparenta ser uma só; uma forma de desenho que permite ser uma ou duas casas” sempre que os seus moradores decidirem.
Segundo a equipa da OBA, sediada em Amesterdão, a casa estará disponível em 2017 e atenderá compradores em Portugal, Bélgica e Hungria, lugares onde as taxas de divórcio estão entre as mais altas do mundo.