Não há dúvida: os italianos sabem bem como agarrar a vida pelos colarinhos e fazer dela uma festa. E essa parece-me uma tarefa facilitada quando há uma gastronomia decadente, bigodes de creme de chocolate e gelado derretido, um fato cuja Vespa não amarrota os vincos, praia e campo e uma língua de gestos e musicalidade.
Gosto da amálgama das cidades maiores que nos despertam e da quietude das pequenas onde se respira sem relógio. Das varandas de flores de Turim e da imperdível Mole Antonelliana; ou de Boccadasse, pueril e sentada à beira-mar com a sua focaccia. A original, que a receita é mesmo genovesa. Pede trabalho às mãos que a amassam e tempo ao fermento que a leveda. A perfeita analogia ao país: Itália levita-nos e aconchega-nos.
Do que precisas:
300 g de farinha branca com fermento
200 g de farinha integral
320 ml de água morna
2 pacotes de fermento de padeiro seco (aprox. 10 g)
3 colheres de sopa de azeite + extra para untar
1/2 colher de sobremesa de sal fino
1 colher de sobremesa de açúcar
10 tomates-cereja, partidos em metades
2 ramos de alecrim
flor de sal q.b.
queijo feta a gosto (opcional)
Vamos a isto:
1. Numa pequena taça, junta a água com o fermento e mexe com a vara de arames (até criar uma espuma). Acrescenta o azeite, o sal e o açúcar e volta a mexer.
2. Num outro recipiente, junta as farinhas e faz um buraco ao centro. Verte a mistura anterior e incorpora com um garfo. Transfere a massa para a bancada da cozinha, previamente polvilhada com farinha, e amassa por 8 a 10 minutos com as mãos. Coloca a massa numa taça e deixa levedar num local ameno por, pelo menos, uma hora.
3. Pincela uma forma rectangular com azeite e dispõe a massa fazendo com que chege às extremidades.
4. Retira as folhas dos ramos de alecrim, adiciona-lhes flor de sal e um fio de azeite e envolve com as pontas dos dedos. Coloca o tomate-cereja sobre a massa e espalha o alecrim.
5. Leva ao forno pré-aquecido a 200.ºC por 30 a 35 minutos. Desfaz pedaços de queijo feta e serve ainda quentinha.
