Já pensaste em ter plantas em rolhas de cortiça e colocá-las como um íman, por exemplo, no frigorífico? O Manuel da Costa pensou nisso. Chamam-se “Magnetic Cork Flowerpots” e são uma das peças criadas pela Thrive, uma empresa do Porto especializada na apresentação de suculentas em vários suportes trabalhados à mão.
Manuel da Costa é fotógrafo, mas sempre gostou de plantas. A vida como fotógrafo “não está fácil”, como revela o jovem portuense e, por isso, decidiu “virar-se para outros lados”. Aproveitou a paixão pelas suculentas e, em Agosto de 2014, criou este projecto. Além dos “Magnetic Cork Flowerpots” ou vasinhos, como gosta de chamar, a Thrive também apresenta as suculentas noutros dois suportes: em molduras - “Vertical Gardens” – e em pedaços de madeira - “Driftwood Planters”.
“Já há muitos anos que colecciono suculentas. Pesquisei e encontrei, algures na Internet, estes quadros. E depois as ideias foram surgindo. As rolhas para os frigoríficos foi ideia minha. As madeiras também são usadas para outro tipo de plantas, foi só trocar a aplicação”, conta Manuel ao P3.
E porquê gostar tanto das suculentas? O jovem portuense justifica: “Por um lado, pela variedade de espécies, feitios, cores e, por outro lado, pela resistência que têm e por se multiplicarem muito”. Daí o nome Thrive (crescer, florescer), “pelas próprias características da planta e é o que elas fazem: florescem em ambiente difíceis”, explica.
“Um palco mais bonito para elas brilharem”
E como são feitos os suportes para as suculentas? São todos feitos à mão, numa oficina no Porto. Desta forma, cada suporte é “único”, pela forma como é trabalhado manualmente. Para os “Driftwood Planters”, Manuel vai buscar as madeiras à praia ou ao rio. Depois escava os pedaços de madeira, coloca a terra e o musgo para reter a água.
Os “Vertical Gardens” são feitos a partir da reutilização de molduras. A parte da caixa onde é colocada a terra é construída pelo próprio, utilizando o contraplacado marítimo, a “melhor madeira” que arranjou “para suportar a água”, garante. Segue-se o trabalho manual: as molduras são lixadas e pintadas.
Para os “vasinhos”, Manuel compra as rolhas de cortiça e depois trata de escavá-las, limá-las e envernizá-las. Por fim, coloca a terra e a planta sem raiz. Depois é esperar que as suculentas se enraízem, um processo que demora cerca de 20 dias.
“Um palco mais bonito para elas brilharem”. É assim que o jovem de 33 anos caracteriza este modo de apresentar as suculentas. Em vez de estar “num vaso de plástico” é uma forma de a planta “ganhar destaque”.
E é necessário algum cuidado em especial? “Quanto menos água melhor” é o conselho de Manuel e acrescenta que é necessário verificar se a terra está realmente seca antes de voltar a regar.
“As pessoas têm gostado, já tive algumas vendas, mas acho difícil vender pelo Facebook. As pessoas vêem e gostam, mas não é uma loja. Não estão lá para ver”. Por esse motivo pretende começar a vender os suportes numa loja, garantido que este é um projecto para continuar: “É algo de que gosto mesmo e faço com amor”.
O preço de cada peça oscila entre os 7,5 e os 100 euros. Os interessados podem, para já, encomendar os suportes pela página de Facebook.