PS e BE entram no coro pela reposição dos feriados nacionais
Socialistas lembram que votaram contra e não querem esperar pelas eleições para repor o 5 de Outubro e o 1 de Dezembro
Um “imperativo nacional”. Foi assim que o deputado Alberto Costa justificou o projecto de lei do PS, que prevê que os próximos 5 de Outubro e 1 de Dezembro sejam feriados, manifestando, ao mesmo tempo, esperança que se abra “um espaço de diálogo” entre o Estado e a Igreja Católica para igual reposição dos dois feriados religiosos suspensos (feriado móvel do Corpo de Deus e 1 de Novembro).
Lembrando o voto contra do PS em 2012, o deputado do PS considerou que a reversão desta decisão corresponde a um ”imperativo nacional cuja concretização não tem de esperar pela mudança de ciclo político”, devendo ficar assegurada desde já.
Neste coro pela reposição dos feriados, o BE também entregou esta quarta-feira um projecto de lei que prevê a restituição dos quatro feriados nacionais suspensos em 2013 e a consagração da terça-feira de Carnaval como sendo igualmente feriado.
O fim da suspensão destes quatro feriados é, na opinião dos bloquistas, uma “medida de bom senso para repor os direitos injustificadamente roubados aos trabalhadores”, nomeadamente contra a “falsidade” do argumento económico utilizado pelo Governo e pela troika.
Nas contas do Bloco, trata-se de um “roubo” aos trabalhadores de “oito dias de descanso”, que se traduzem em “60 horas para os patrões”. Os motivos então invocados para esta suspensão, disse a deputada Mariana Aiveca, “não fazem qualquer sentido”.
“A retirada destes feriados faz parte de um pacote para as pessoas trabalharem mais e ganharem menos, embaratecendo o país”, justificou a parlamentar do BE.
As duas iniciativas legislativas surgem já depois do novo secretário-geral do PS, António Costa, ter voltado a dar a garantia que, caso seja eleito em 2015, o 1º de Dezembro será reposto. O agora líder do PS tinha feito igual promessa no ultimo 5 de Outubro. Também Paulo Portas, já depois de repetidos pedidos do centrista Ribeiro e Castro, vai propor ao CDS a reposição do 1.º de Dezembro, proposta que deverá ser apreciada no próximo Conselho Nacional do partido, marcado para dia 13 deste mês.