Sol, calor, trânsito, confusão. Muitos são os epítetos que podem caracterizar o verão de Albufeira. O ininterrupto ritmo que o solstício estival nos oferece é vivido intensamente durante os meses de calor. Mas, terminado o Agosto, inicia-se o lento esvaziamento dos apartamentos, apart-hotéis e hotéis locais. Inúmeras casas, construídas sob égide de uma visão de crescimento contínuo, fecham-se, aldeamentos entram num estado letárgico de pré-abandono, com estacionamentos vazios e arranjos paisagísticos relegados às leis da própria natureza. Albufeira entra num estado de serviços mínimos, onde cafés, restaurantes e instalações turísticas encerram, trocam de donos, mudam de nome. Todos os anos este ciclo repete-se. Contudo, estes dois últimos anos foram duros para estas gentes: lojas não reabrem, hotéis falem, as gruas não mexem. Albufeira sente nos dias de hoje as consequências de um desenvolvimento que viria mas nunca chegou. A seguinte apresentação fotográfica pretende representar essa realidade, de uma forma que só a fotografia pode transmitir. João Rodrigues