Lloret de Mar: saltar da varanda do hotel para a piscina custa 3000 euros de multa

Novas leis destinam-se a sancionar comportamentos considerados indecorosos ou perigosos, como saltar da varanda de um hotel para a piscina

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Um momento calmo numa portuguese party numa disco de Lloret

A comarca a que pertence a espanhola Lloret de Mar, na Catalunha, um dos destinos preferidos para viagens de finalistas de jovens portugueses, aprovou novas leis para combater o que define como o “turismo da bebedeira”. Há multas até 3000 euros. 

As leis, aprovadas pela comarca de Selva, a que pertence Lloret, na região de Girona (Catalunha), pretendem sancionar comportamentos considerados indecorosos ou perigosos. Neste âmbito, entra a proibição da prática de "balconing", em que jovens se lançam das varandas dos hotéis onde estão alojados para as piscinas (e que já provocou mortes), ou a proibição das rotas conhecidas como "pub tours", em que num curto espaço de tempo se pode beber numa série de bares e discos.

A multa para quem pratique o "balconing" pode atingir 1500 euros, tanto para o turista como para o hotel, informa o "El País". A indústria hoteleira fica agora responsável por vigiar os hóspedes e garantir que, por exemplo, não usem objectos como armas de ar comprimido ou que atirem água para a rua (em vista: as brincadeiras com balões ou preservativos cheios de água...). 

Estas proibições vêm no seguimento de uma declarada guerra contra o "turismo da bebedeira", levada a cabo pelo alcaide Romà Codina desde o Verão passado, quando chegaram mesmo a decorrer confrontos nas ruas entre dezenas de jovens turistas e a polícia. 

Antes, a comarca já tinha proibido a distribuição de publicidade a discotecas, a oferta de descontos ou promoções tipo "paga 1-bebe 2" ou vender comes e bebes em máquinas nas ruas. As autoridades, com este novo ordenamento (que prevê, em geral, multas de 750 a 3000 euros), procuram também alterar o modelo de turismo e ócio noturno que anualmente atrai à região centenas de milhares de jovens de todo o mundo - entre eles, muitos portugueses. 

Além de sanções criadas directamente para evitar tais comportamentos dos turistas, a comarca de Selva aprovou também outras proibições: a do uso de "burka" em edifícios públicos, a prostituição nas ruas ou a prática de sexo dentro de veículos.